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Dar direitos a animais, árvores e até mesmo rios — como humanizar a Natureza pode ajudar “todas as espécies”

Uma forma de proteger os seres vivos e o meio natural é dar-lhes direitos jurídicos e proteções legais, assim sugere um relatório publicado esta semana. Desta maneira, as pessoas podem ser responsabilizadas pelos danos que fazem ao meio ambiente, defendem os autores. O debate de atribuir direitos a entidades não humanas não é de agora — aliás, há vários países que já o fizeram

Na Austrália, o rio Yarra foi reconhecido como uma entidade viva
Auscape

Conceder direitos jurídicos e proteções legais a animais, árvores, rios — e outras entidades não humanas — é essencial para enfrentar as alterações climáticas e a perda de biodiversidade. É o que defendem os autores do relatório “Law in the Emerging Bio Age”, publicado esta semana pela Law Society, uma associação de advogados em Inglaterra e País de Gales.

A ideia é criar um quadro legal aplicável aos seres vivos e ao mundo natural para tornar o Homem responsável pelas suas ações. “Se forem concedidos direitos a não-humanos ou a sistemas vivos, emergiriam questões de responsabilidade por danos ao meio ambiente, como as alterações climáticas ou a perda de biodiversidade”, defende o relatório.