Os bens já arrestados ao ex-presidente do Banco Privado Português (BPP) João Rendeiro no âmbito do processo que o condenou a dez anos de prisão só chegam para cobrir pouco mais de metade da dívida ao Estado e à massa falida do banco, fundado pelo homem que foi um exemplo de sucesso e que acabou por se suicidar numa cela de uma prisão sul-africana.
Maria de Jesus Rendeiro, viúva e herdeira universal do banqueiro, renunciou à herança, e às dívidas que vinham com ela, o que significa que a responsabilidade pelo pagamento aos lesados passa para o Estado. Mas o Estado não terá de gastar um cêntimo dos contribuintes para pagar as dívidas. Ou seja: se os bens já arrestados e os que vierem a ser arrestados não chegarem para cobrir as dívidas, estas ficam simplesmente por pagar.