O coração de Nádia Ferraria, 30 anos, estava acelerado. Era madrugada de sábado quando o desconforto começou e ainda hoje, quase três meses depois, não sabe explicar ao certo o que sentia. Achou que fosse ansiedade. Não podia ser, a sensação era diferente. Foi medir a tensão. O visor marcava 200/100 [os valores de referência normais são 120/80]. Com o namorado, saiu de casa em direção ao hospital onde foi acompanhada ao longo de toda a gravidez. “Entrei na madrugada de 4 de junho já com a pré-eclampsia, fiquei logo internada. Devia ter ido para o serviço de obstetrícia, mas acharam que devia ficar logo no bloco de partos para induzirem.” Não tinha dilatação. O seu primeiro filho nasceria 50 horas depois.