Marta Temido entrou e sai do Governo em tumulto. A entrada deu-se em outubro de 2018, sucedendo a Adalberto Campos Fernandes - afastado do cargo durante um fim de semana, logo após a aprovação do Orçamento do Estado -, precisamente um ano após ter sido chamada ao Parlamento para explicar um expurgo forçado nas listas de espera para consultas hospitalares feito pela Administração Central do Sistema de Saúde, a que presidia.
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Marta Temido, a ministra que governou de costas para os profissionais
Marta Temido fez carreira na administração da Saúde e os pares destacam-lhe a forte personalidade, mas também a rigidez na negociação, e, sobretudo, a falta de diálogo com os profissionais. Protagonizou várias polémicas e foi o rosto onde se viram lágrimas de emoção pelo esforço de quem esteve na linha da frente durante a pandemia, mas também quem criticou os médicos por falta de resiliência. A mesma que a fez sobreviver à covid-19. Este é um texto que analisa os prós e contras de uma governante que liderou a pasta durante 1414 dias