Quando António Araújo entrou no curso de medicina da Universidade do Porto, em 1981, eram pouquíssimos alunos. “Não mais que umas quantas dezenas”, recorda. Por essa altura, a formação só era dada em mais duas faculdades, uma em Lisboa, outra em Coimbra. O homem que hoje dirige o serviço de Oncologia do Centro Hospitalar Universitário do Porto e preside o Conselho Regional do Norte da Ordem dos Médicos foi dos jovens que entrou no primeiro ano em que a quebra no número de vagas para estudar medicina se fez sentir.
“Foi ainda mais difícil, porque havia muito poucos lugares.” Em 1979 e 1980 houve, em cada ano letivo, 805 vagas, daí em diante o número foi a descer até atingir um mínimo, em 1986, de 190.