O despacho, que envolve vários ministérios, ainda não foi publicado, ams o Expresso sabe que, no que diz respeito à caça a atividade será permitida, mas apenas até às 11h. A partir dessa hora, o Governo considera que o risco é maior, pelo que os caçadores não podem praticar tiro nos terrenos dedicados a esta atividade.
Segundo o calendário venatório publicado pelo Instituto para a Conservação da Natureza (ICNF), este domingo começa a caça aos pombos e aos patos, sendo também permitido caçar galinhas-de-água, pegas-rabudas e gralhas-pretas. A caça ao javali e ao veado é permitida durante todo o ano nos terrenos ordenados, mas ficará agora também sujeita ao limite das 11h.
Domingo vai ainda coincidir com uma greve dos guardas florestais da GNR, que exigem ao Ministério da Administração Interna negociações para a melhoria das condições de trabalho e dignificação da profissão.
Em comunicado, citado pela agência Lusa, no qual anunciam a greve, os guardas do Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente, da GNR (SEPNA/GNR) querem a “definição da tabela remuneratória específica para a carreira profissional de guarda-florestal”, a “consagração dos suplementos remuneratórios, designadamente, por exercício de funções da carreira de guarda florestal e por trabalho em equipa de proteção florestal”.
Reivindicam ainda a “criação do Corpo de Guardas Florestais, com a adequada autonomia hierárquica e funcional”.
A greve dos guardas do Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente, da GNR, foi marcada pela Federação Nacional dos Sindicatos dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais. A federação diz ter aguardado até 10 de agosto por uma resposta da secretária de Estado da Proteção Civil, a quem diz ter enviado propostas “para serem debatidas num calendário de reuniões entre 27 de agosto e07 de outubro”.
Como não recebeu resposta “decidiu avançar com uma paralisação de 24 horas” no domingo, dia da reabertura da caça a várias espécies cinegéticas.
Os guardas florestais já cumpriram um dia de greve e uma concentração junto ao ministério, no Terreiro do Paço, em Lisboa, a 15 de julho, também para exigir do Governo a abertura de um processo negocial para resolver as reivindicações apresentadas