“Vai ser um dia muito complicado para evitar que o incêndio cresça”, afirmou o comandante nacional da Proteção Civil, André Fernandes, no briefing da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANEPC), no início da tarde desta terça-feira. No terreno encontram-se mais de 1100 operacionais, entre os quais bombeiros, sapadores florestais, membros da força especial de bombeiros e da equipa da Afocelca, e 96 militares, com o apoio de mais de 169 meios terrestres, entre os quais máquinas de rasto.
Às forças no terreno cabe “tentar aproveitar as janelas de oportunidade para travar o incêndio”, utilizando maquinaria e o mosaico agrícola, explicou o comandante nacional. E reforçou: “Vamos focar-nos em estabilizar o incêndio” utilizando técnicas de supressão diretas e indiretas.
O fogo já consumiu, pelo menos, 23 mil hectares (ha) de floresta e matos nos últimos 10 dias só na região da Serra da Estrela, tendo afetado perto de um quinto da área do parque natural, de acordo com os dados do sistema europeu de monitorização de incêndios EFFIS. Cerca de 8.300 ha arderam em apenas 16 horas, entre as 15h de dia 15 de agosto e a madrugada desta terça-feira.