Embora Mário Ferreira tenha dito, em 2017, que vendeu o navio “Atlântida” através de Malta não devido aos impostos, mas por esta ser uma jurisdição “com prestígio internacional” na área da navegação, novos documentos recebidos pelo Expresso mostram que o empresário tirou de facto partido de uma solução vendida naquele país para quem quisesse pagar apenas 5% de IRC, com base num esquema de devolução de impostos.
Até agora, essa informação estava por confirmar. Os únicos dados publicamente conhecidos baseavam-se nos relatórios e contas de duas empresas em Malta, a International Trade Winds (ITW) e a International Trade Winds Holding (ITWH), relativos a 2015 e incluídos no projeto de investigação Malta Files, publicado pelo Expresso em 2017, numa colaboração com o consórcio EIC, o mesmo do Football Leaks.