A preocupação com a gravidade da seca em Portugal não é nova. Um estudo publicado na segunda-feira na revista científica Nature Geoscience demonstra que a questão é bem antiga – concluiu-se que o anticiclone dos Açores está maior e mais intenso desde 1850, algo classificado como “sem precedentes” ao longo do último milénio e que resulta em “condições anómalas de seca no Mediterrâneo ocidental, incluindo a Península Ibérica”.
O anticiclone dos Açores é um “sistema de altas pressões” e é “semipermanente”, o que significa que, geralmente, “a sua posição média é na zona dos Açores, daí o seu nome”, começa por explicar ao Expresso o meteorologista do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), Pedro Sousa.