A Polícia Judiciária (PJ) anunciou que uma “vasta operação policial” na manhã desta quarta-feira deteve nove suspeitos “sobre os quais recaem suspeitas de coautoria do homicídio qualificado” do jovem que morreu nos festejos do título do FC Porto, a 8 de maio. De acordo com a SIC, um dos detidos é Marco “Orelhas”, membro dos Super Dragões e pai de Renato Gonçalves, em prisão preventiva há quase um mês por suspeita de autoria do mesmo crime.
Os detidos têm entre 20 e 42 anos, alguns dos quais com “vastos antecedentes criminais pela prática de crimes violentos”, lê-se no comunicado da PJ. “Vão ser presentes à autoridade judiciária competente para primeiro interrogatório judicial e aplicação das medidas de coação tidas por adequadas”, acrescenta-se.
A investigação permitiu, num mês, a recolha de “indícios de que os suspeitos ora detidos atuaram em conjugação de esforços nas agressões que provocaram a morte do jovem na referida data, estando, por isso, todos indiciados da coautoria nesse crime”.
Das 13 buscas domiciliárias realizadas, que contaram com a colaboração do Corpo de Intervenção da PSP do Porto, resultou a “apreensão de relevantes elementos probatórios, os quais irão ser agora devidamente processados”.
Marco Gonçalves, conhecido como “Orelhas”, é membro dos Super Dragões e ex-jogador do Canelas 2010. Tem 39 anos e ficou conhecido por, em 2017, ter agredido um árbitro num jogo com o Rio Tinto.
A 16 de maio, Marco Gonçalves apresentou-se na PJ e foi constituído arguido pelas agressões a Igor Silva, que foi esfaqueado durante a madrugada dos festejos, na Alameda das Antas, junto ao Estádio do Dragão.
O jovem de 27 anos foi socorrido no local pelo INEM e transportado para o hospital, mas não resistiu aos ferimentos.