Sociedade

Crise sísmica nos Açores: Marcelo não tem medo de estar em São Jorge

"Serenidade" e "tranquilidade" continuam a ser as palavras-chave do Presidente da República depois de aterrar em S. Jorge

Lagoa da Fajã de Santo Cristo, na ilha de São Jorge, nos Açores
Guillaume Baviere (https://www.flickr.com/photos/84554176@N00/5076090460)

Sem medo de estar na ilha de São Jorge em plena crise sísmovulcânica, o presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, considera que "a reação mais óbvia e natural é manter a serenidade e tranquilidade".

Em declarações à chegada ao aeroporto de São Jorge antes de se dirigir à Vila de Velas para uma reunião com o chefe do Governo Regional dos Açores para se inteirar do que está a ser feito, o presidente considerou essencial "acreditar nos especialistas que sabem da matéria e perante um sinal que surja comunicarão de imediato".

E a população de Velas, a zona mais afetada, de onde já saíram 2.500 pessoas, deve voltar? Na resposta à pergunta de um jornalista, o presidente optou por sublinhar que "estamos numa sociedade livre onde cada um é livre e faz o que entende".

Reiterando que as palavras a reter são serenidade e tranquilidade, considera não existirem razões para alarmismos, admitindo haver pessoas mais sensíveis e outra menos sensíveis que reagem às coisas de forma diferente, em tempos diferentes.

"Sem dados novos dos especialistas um responsável político dizer às pessoas 'façam isto ou aquilo, movam-se todos numa direção', é precipitado", comentou o presidente, deixando ainda uma nota sobre o facto de os Açores viverem num quadro de autonomia regional.

O presidente, que aterrou em São Jorge ligeiramente antes da hora prevista (15h50) fica cerca de uma hora na ilha, onde também quer contactar as pessoas para saber como viveram esta semana de abalos consecutivos e como se sentem, deixando uma mensagem de encorajamento.