No dia 23 de novembro, um homem deambulou até à Praça Roma, na cidade de Saragoça, nos arredores de Madrid. Estava nu, aos gritos, e empunhava uma faca. Alertados pelos cidadãos, pelo menos dez agentes da Polícia Nacional aproximaram-se com as armas a postos: mantiveram uma distância de segurança e pediram várias vezes ao homem para largar a faca, mas os gritos foram subindo de tom e o homem acabou por se automutilar repetidas vezes no corpo, suicidando-se.
“Se os polícias estivessem equipados com tasers, podiam tê-lo imobilizado facilmente”, lamenta Enrique López, enquanto mostra as imagens arrepiantes no telemóvel. López é o responsável em Espanha da multinacional Axon, empresa nascida nos Estados Unidos da América e especializada em produtos e tecnologia para forças policiais e militares. Entre outros produtos, a Axon criou a arma de eletrochoque Taser, que acabou por emprestar o nome a todas as armas deste tipo usadas pela polícia.