Sociedade

João Rendeiro já está no tribunal de Verulam para ser interrogado

O ex-banqueiro vai ser ouvido por um juiz na manhã desta segunda-feira a partir das 11h das manhã locais (09h em Portugal continental)

Tribunal de Verulam
LUÍS MIGUEL FONSECA/LUSA

O banqueiro será presente a um juiz, esta manhã, pela primeira vez depois de ter sido detido no sábado, no hotel de cinco estrelas Forest Manor Boutique Guesthouse, nas imediações de Durban.

"Chegou cedo, está aqui sob nossa custódia", referiu fonte do tribunal, onde as audiências arrancam pelas 09h00 (07h00 em Portugal).

João Rendeiro deverá ser ouvido a partir das 11h locais (09h em Portugal), altura em que, no tribunal com oito diferentes juízos, começam a ser distribuídos os novos casos, explicou à Lusa fonte da instituição.

Só nessa altura é que se saberá qual o juiz que vai ouvir o ex-banqueiro.

Até lá, decorrem dezenas de outros casos cujos intervenientes fazem fila na rua, à porta das instalações.

Uma das pessoas que tem estado a acompanhar o caso à porta daquele tribunal é Manuel Grainha do Vale, conselheiro da embaixada de Portugal em Pretória. "Esta primeira inquirição do juiz será a confirmar a detenção de João Rendeiro. Não faço a mínima ideia se o processo de extradição possa demorar muito tempo. Terá de perguntar à advogada dele", disse às televisões.

Ao "Diário de Notícias", June Stacey Marks, advogada do ex-banqueiro, garantiu: "O máximo de dias de detenção permitido num caso como este é 18."

João Rendeiro foi preso no sábado, num hotel em Durban, na província sul-africana do KwaZulu-Natal, numa operação que resultou da cooperação entre as polícias portuguesa, angolana e sul-africana.

João Rendeiro estava fugido à justiça há três meses e as autoridades portuguesas reclamam agora a sua extradição para cumprir pena em Portugal.

O ex-presidente do extinto Banco Privado Português (BPP) foi condenado em três processos distintos relacionados com o colapso do banco, tendo o tribunal dado como provado que João Rendeiro retirou do banco 13,61 milhões de euros.

O colapso do BPP, em 2010, lesou mais de 6 mil clientes e causou perdas de centenas de milhões de euros ao Estado.