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Professores: “Não vão ser precisos muitos anos para entrar no quadro”

Na semana em que foi apresentado o “Estudo de Diagnóstico de Necessidades Docentes de 2021 a 2030”, sobre a necessidade de professores nesta década, a secretária de Estado que acompanha o dossiê do recrutamento e carreira docente explica o que está a ser pensado para resolver o problema da escassez de profissionais. Será preciso atrair muito mais jovens e até adultos formados noutras áreas para a profissão e a vinculação será mais rápida, garante Inês Ramires

Inês Ramires, secretária de Estado da Administração Pública

O estudo apresentado esta semana prevê que se reformem 40% dos professores até 2030 e que seja necessário ter nesse período mais quase 35 mil novos professores. Acredita que este número é alcançável?

Sim. Primeiro porque, apesar de haver algumas áreas disciplinares e geo­gráficas para as quais já não existem professores nas listas, ainda temos um número considerável de professores habilitados para a docência que não estão a dar aulas. E acredito que as medidas que gizámos para tornar a carreira mais atraente terão esse efeito. Para os mais novos e também para quem gostaria de ter enveredado pelo ensino e não o fez por motivos ligados à carreira. Afastando esse pendor de instabilidade e apostando na profissionalização em serviço — com formação didática e pedagógica complementar na escola — conseguimos ter mais gente na formação inicial e trazer pessoas com formação científica mas que não têm habilitação específica para dar aulas.

Este é um artigo do semanário Expresso. Clique AQUI para continuar a ler.