11 de setembro de 2001: era o aniversário do designer gráfico António Ye. Completava dez anos e, “com a inocência natural de uma criança, aquilo não tinha nada a ver connosco”. Nada lhe fazia sentido: “Esta é a hora dos desenhos animados. É disso que eu estou à espera, então porque é que não os posso ver?” Os pais disseram-lhe: “António, tu fazes anos, temos de festejar na mesma”. Mas “não foi tão bom”, ficou triste. “Naquele dia, os desenhos animados nunca mais voltaram”.
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Onde estava e como reagiu no 11 de Setembro? Seis portugueses recordam o dia que mudou o mundo deles e de todos
O ator Ivo Canelas, o escritor Valter Hugo Mãe, a cientista Maria Manuel Mota, o cantor Rui Reininho, o especialista em política norte-americana Germano Almeida e o designer gráfico António Ye contam ao Expresso onde estavam, o que fizeram, o que pensaram, como reagiram e a forma como aquele dia, 11 de setembro de 2001, os abalou. Meia dúzia de testemunhos, narrados na primeira pessoa, que passam por Nova Iorque, Sintra, Porto, Gaia e Póvoa de Varzim