César Augusto, 41 anos, guineense, trabalhava como assistente técnico na secção consular da Embaixada de Portugal em Bissau. Era ele quem emitia as vinhetas dos pedidos de vistos. Quando as autoridades europeias começaram a detetar, em diferentes países, vários exemplares apostos em passaportes de cidadãos indianos e iranianos com largo historial de recusas de autorização de entrada na UE, a investigação do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras depressa se centrou nele: as vinhetas pertenciam a um lote atribuído exclusivamente àquele consulado e só podiam ser usadas por esse posto.
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Corrupção: pagar para entrar na Europa ou para jogar no Benfica
Em Bissau, um funcionário da secção consular da Embaixada de Portugal vendeu vinhetas Schengen para iranianos e indianos entrarem na UE e recebeu dinheiro para acelerar e instruir dezenas de pedidos de vistos a falsos estudantes e jovens futebolistas com provas marcadas no Benfica. Foi condenado a seis anos de prisão. Um empresário de futebol ficou com pena suspensa por corrupção ativa