A manifestação anti-Putin de 23 de janeiro realizada em frente à embaixada da Rússia foi apenas uma das 27 em que os serviços diplomáticos de Moscovo foram alertados pelos serviços da Câmara de Lisboa desde 2012.
Esta é uma das revelações da auditoria interna realizada por ordem de Fernando Medina, na sequência de uma denúncia ao Expresso e ao “Observador” de três ativistas russos de que a autarquia havia enviado dados pessoais dos promotores para Moscovo. Este relatório preliminar é, no entanto, omisso se foram enviados também dados pessoais dos outros organizadores de manifestações à Rússia, como aconteceu em janeiro.
O documento de 47 páginas intitulado “Auditoria Interna aos Processos de Comunicação Prévia/aviso para a Realização de Manifestações no Município de Lisboa”, a que o Expresso teve acesso, revela o número de embaixadas e consulados que receberam comunicações de manifestações desde 2012.