Eram 5h da manhã quando João Francisco começou a estar irrequieto, a dar dores à mãe, Carla Neves. Dores daquelas que não deixam ninguém duvidar de que é hora de nascer.
Ela ouviu-o. Levantou-se da cama sem fazer barulho, para não acordar o marido. Começou a “gerir as contrações” sozinha, na sala, o local onde quase tudo estava preparado para receber o filho mais novo: os móveis tinham sido arredados o suficiente para caber uma pequena piscina. Havia toalhas, resguardos, a primeira roupinha do bebé “e pouco mais”.
Até quase ao final da gravidez não tinha pensado sequer em mudar o rumo do plano: ter o João Francisco num hospital privado, como tinha acontecido com a filha mais velha, Matilde.