O Serviço de Informações e Segurança (SIS) vai averiguar o nível de risco de segurança que correm os três ativistas russos, cujos dados pessoais a Câmara Municipal de Lisboa (CML) enviou à Embaixada da Rússia. Entre os dados partilhados constavam nomes e moradas.
Depois de ser avaliado o risco, segundo o "Diário de Notícias", o SIS pode solicitar que a PSP acione medidas de proteção pessoal adequadas para estes cidadãos que se manifestaram em frente à representação diplomática do Kremlin, em janeiro passado, em defesa da libertação do líder da oposição daquele país, Alexey Navalny.
Após o Expresso ter avançado com a informação, esta quarta-feira, que os dados foram partilhados, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, pediu "desculpas públicas" pela partilha de dados de ativistas russos em Portugal com as autoridades russas, assumindo que foi "um erro lamentável que não podia ter acontecido".
A embaixada da Rússia em Portugal disse, numa nota publicada na página oficial do Facebook, que "o ruído levantado" sobre a transferência não autorizada de dados para a Rússia e embaixada russa "é construído no desejo dos ditos ativistas de se exercitarem na autodisciplina através da politização de tudo". A embaixada limitou os comentários da publicação: “Embaixada da Rússia em Portugal limitou quem pode comentar nesta publicação”, lê-se na zona dos comentários.