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Portugueses dormem pior e têm mais insónias

Sono piorou para quase metade dos portugueses. Não só aumentaram os sintomas de insónia como se tornaram mais graves

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Há poucas coisas tão permeáveis aos problemas do dia a dia quanto o sono e tudo indica que a pandemia terá exacerbado ainda mais esse efeito. Para mais de metade das pessoas que participaram num estudo realizado pela Associação Portuguesa do Sono, em conjunto com o CINEICC — Centro de Investigação em Neuropsicologia e Intervenção Cognitivo-Comportamental, da Universidade de Coimbra, o sono pio­rou durante a pandemia (46,6%). Para um pouco mais de um terço (38,5%) não houve alterações e cerca de 15% afirmaram que o seu sono melhorou (14,9%)

Foi sobretudo para as mulheres que o sono piorou — cerca de metade das inquiridas deu, aliás, conta desse agravamento (50,3%), quando a percentagem de homens que respondeu dessa maneira foi de 30,7%. Entre as pessoas cujo sono não se alterou, apesar da pandemia, há aquelas que no momento em que foram inquiridas não apresentavam quaisquer problemas de sono (25,2%) e as que, pelo contrário, tinham problemas dessa natureza ou tiveram anteriormente (13,3%). A distinção importa sobretudo por causa da idade: este último grupo é significativamente mais velho do que os restantes, com uma média de idades de cerca de 56 anos. Já o grupo para quem o sono melhorou destaca-se por ser o mais jovem, com uma média de idades de 39 anos, e por ter um nível de escolaridade superior. Participaram no estudo 1079 pessoas de todas as regiões de Portugal.