António Sousa Pereira, presidente do Conselho de Reitores das Universidades Portuguesas (CRUP), justifica o adiamento de parte dos exames presenciais do primeiro semestre e do período de recurso para uma época extraordinária no final do ano letivo, por ser “impossível controlar” os ‘falsos’ alunos. “Hoje em dia, a informática permite tudo”, adverte. O reitor da Universidade do Porto (UP) defende que a avaliação à distância “não é um sistema justo, por não ser imune à fraude”, afirmando que por isso os próprios estudantes não querem ser avaliados dessa forma, com o receio de serem prejudicados em relação a colegas de maiores recursos económicos.
“Temos denúncias de vários casos de profissionais de múltiplas formações que se ofereciam nas redes sociais para realizarem exames mediante o pagamento de avultadas quantias”, refere António Sousa Pereira, razão que levou “muitas universidades” a não repetirem a experiência de provas não presenciais do ano letivo passado.