Sociedade

Um dia, três descargas ilegais: o Rio Lis está (outra vez) mais poluído

GNR detetou três descargas ilegais de suiniculturas no rio Lis. Num dos casos, a empresa responsável vai responder por um crime ambiental porque a carga poluente chegou ao leito do rio

Uma empresa de suinicultura da região de Leiria foi identificada pela GNR e está a braços com um processo-crime depois de "uma descarga de efluentes pecuários" ter sido deixada "a escorrer livremente para uma linha de água, afluente da Ribeira da Carreira que desagua no rio Lis", revela um comunicado da guarda.

"No decorrer das diligências policiais constatou-se que a descarga era proveniente de uma lagoa de armazenagem de efluentes de uma exploração pecuária", diz a GNR. A empresa está localizada em Bidoeira de Cima.

Segundo o capitão Daniel Matos, da GNR de Leiria, "a empresa de onde veio a descarga foi identificada e incorre num crime ambiental porque houve contaminação direta do rio".

Este crime é punível com um máximo de cinco anos de prisão, tendo os factos sido "remetidos para o Tribunal Judicial de Leiria", diz o mesmo comunicado.

Noutros dois casos que ocorreram no mesmo dia - 27 de janeiro - , outras duas empresas fizeram descargas ilegais, mas como não chegaram à água "incorrem no pagamento de contraordenações" que podem chegar aos "144 mil euros".

Há mais de 20 anos que se registam casos de descargas ilegais das suinocultoras na bacia hidrográfica do rio Lis, sendo a Ribeira dos Milagres o caso mais paradigmático.