O recolher obrigatório, imposto nos concelhos mais afetados pela pandemia, dividiu o país em duas realidades: a da manhã e a da tarde. Se na primeira parte do dia se viram ajuntamentos como não se registavam há vários meses — com superfícies comerciais cheias de clientes alinhados em fila para comprar sobretudo alimentos —, após as 13 horas tudo mudou.
Era hora de almoço mas não houve restaurantes abertos. O país ficou vazio, e o motivo não foi a alteração das condições marítimas que impossibilitaram a prática de surf (que durante a manhã alegrou os praticantes com boas ondas na linha) ou o aparecimento da chuva.
É mesmo a pandemia a fazer recordar as ruas vazias da primeira vaga, imagens de vazio apenas interrompidas pelas manifestações na capital. Os repórteres fotográficos do Expresso estão a acompanhar a situação em vários pontos do país.