Minutos antes das 10h deste sábado já havia uma fila longa de clientes à porta do Lidl de Moscavide (Loures). Bastou a chuva desaparecer para a afluência ao hipermercado subir em flecha. Nos momentos seguintes o número de pessoas à espera de ir fazer as compras de fim-de-semana engrossou rapidamente. “Devia ter vindo ontem. Mas não tive tempo”, queixa-se uma cliente que está no final da fila.
Um pouco mais perto do rio Tejo, no centro comercial Vasco da Gama, em Lisboa, é grande a azáfama no Continente. No entanto às 10h30 ainda não havia filas. “Ontem estava muito mais complicado a esta hora”, confidência um segurança daquele estabelecimento comercial.
De novo no Lidl, em Moscavide. A fila às 11h10 tem o dobro do tamanho. E nem os aguaceiros fazem desistir das compras. Arlete Durães, de 60 anos, está no final da fila. Habitualmente faz compras durante a tarde mas a declaração de recolher obrigatório pelo Governo mudou-lhe a rotina de sábado. “Já estava à espera de encontrar muita gente. É muito chato mas não temos outra alternativa.” José Martins, de 64 anos, também na fila, mostra-se menos compreensivo com a conjuntura de exceção. “Estas medidas não servem para nada. Andamos aqui todos com máscara e os números continuam a aumentar.” Vem apenas comprar pão. Mas tem de se resignar a esperar como as outras pessoas.
A chuva começou a cair com mais força no final desta manhã, o que obrigou as pessoas a abrigarem-se à pressa debaixo da arcada do hipermercado. Pormenor: Todos respeitaram a ordem da fila.