A Infraestruturas de Portugal (IP) mandou encostar as cinquenta máquinas de manutenção das linhas ferroviárias a 31 de julho, depois de uma delas ter embatido contra um comboio Alfa Pendular em Soure, provocando a morte dos dois funcionários que conduziam a máquina. Desde então que não tem sido feita qualquer manutenção nos troços nacionais, diz o “Jornal de Notícias”. A 3 de agosto, o Instituto de Mobilidade e Transportes (IMT) proibiu as máquinas de circular até terem um sistema de proteção automática de velocidade - e até isso acontecer, diz a autoridade nacional de segurança rodoviária, a IP tem de implementar mais medidas de segurança.
Ora, a empresa estatal avançou com uma proposta para mudar o regulamento de ação destes veículos, introduzindo um sistema de redundância: além de só poderem entrar nas linhas dos comboios caso o sinal esteja verde, a ideia é que passem a ter de esperar “por uma nova autorização por parte do centro de comando operacional”. Esta medida não tem custos e é de fácil implementação - aliás, já poderia estar em vigor antes do acidente em Soure, lembra o “JN”.
Ao mesmo tempo, a IP está a “ultimar” o processo de compra do sistema de segurança para os veículos, e conta que estes retomem a atividade “em breve”, apontou fonte oficial da empresa ao “JN”. Mas, por agora, ainda estão à espera da autorização do IMT para implementar a alteração no regulamento.