Cerca de 40% dos cidadãos portugueses que reportaram ter tido consultas canceladas durante o estado de emergência já tinham a saúde fragilizada de alguma forma. A conclusão é de um inquérito a nível europeu levado a cabo pelo Centro de Estudos de Geografia e Ordenamento do Território (CEGOT) da Universidade de Coimbra.
Desses 40% de pessoas que autoavaliaram a sua saúde como inferior a “boa”, e onde se incluem aqueles que são doentes crónicos, 14% admitem mesmo que o seu estado de saúde piorou durante o período do confinamento - sobretudo entre 15 de abril e 15 de maio - em relação ao mesmo período do ano passado. Se Portugal for retirado da equação, as percentagens são bem menores: só 25% dos cidadãos europeus doentes é que pensam ter sido afetados pelo cancelamento de consultas, e apenas 9% diz ter visto a sua saúde piorar naqueles mesmos 30 dias.