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Inquérito: 40% dos portugueses com consultas canceladas durante confinamento tinham a saúde fragilizada

Sondagem a nível europeu está a ser feita pela Universidade de Coimbra. 14% desses portugueses não saudáveis, incluindo doentes crónicos, admite que a sua saúde piorou durante o estado de emergência. No inverno, ritmo da retoma atual será suficiente nas unidades de ambulatório, mas não nos centros de saúde

Nesta fase, nas salas de atendimento e de observação, tenta-se que os doentes, sempre de máscara, estejam separados entre si com distância de segurança perconizada. Em final de outubro, os doentes começarão a ser separados por divisórias em acrílico.
RUI DUARTE SILVA

Cerca de 40% dos cidadãos portugueses que reportaram ter tido consultas canceladas durante o estado de emergência já tinham a saúde fragilizada de alguma forma. A conclusão é de um inquérito a nível europeu levado a cabo pelo Centro de Estudos de Geografia e Ordenamento do Território (CEGOT) da Universidade de Coimbra.

Desses 40% de pessoas que autoavaliaram a sua saúde como inferior a “boa”, e onde se incluem aqueles que são doentes crónicos, 14% admitem mesmo que o seu estado de saúde piorou durante o período do confinamento - sobretudo entre 15 de abril e 15 de maio - em relação ao mesmo período do ano passado. Se Portugal for retirado da equação, as percentagens são bem menores: só 25% dos cidadãos europeus doentes é que pensam ter sido afetados pelo cancelamento de consultas, e apenas 9% diz ter visto a sua saúde piorar naqueles mesmos 30 dias.