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Covid-19: Novos dados vão atrasar ou até impedir a vacina

Formas mais graves da infeção são provocadas pelas defesas do próprio doente. Investigadores temem que um reforço imunitário possa ser mais letal do que o vírus

SEAN ELIAS/REUTERS

O mundo está a depositar a esperança de pôr fim à pandemia em hipóteses que têm muito para falhar. A vacina ou os anticorpos contra o novo coronavírus são caminhos que começam a ter percalços, já que os investigadores estão a descobrir aspetos da infeção que podem tornar aqueles tratamentos mais letais do que o próprio vírus.

A doença é muito recente, tem quatro meses, e a ciência tem extrapolado para a covid-19 o que aprendeu com os anteriores coronavírus, da SARS ou da MERS. Mas a investigação está a mostrar que o novo vírus tem características mais engenhosas, que vão dificultar a descoberta de um tratamento profilático ou curativo.

As vacinas visam reforçar a resposta imunológica do hospedeiro para um agente, pelo que, no caso do novo coronavírus, poderão aumentar o risco da autoagressão do sistema imunitário que tem sido identificada nas infeções graves e mortais. O receio, mais uma vez, inspira-se nos anteriores coronavírus. “Na SARS viu-se que algumas vacinas davam uma boa resposta imunitária mas acabavam por agravar a resposta imunitária em contacto com o vírus”, sublinha o Luís Delgado, professor associado de imunologia da Faculdade de Medicina do Porto. Ou seja, uma pessoa vacinada acabaria por ficar doente, com severidade, caso se cruzasse com alguém infetado.

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