Sociedade

DGS recusa-se a avançar com números de crescimento da pandemia mas fixa pico para a última semana de maio

A diretora-geral da Saúde, na conferência de imprensa deste sábado de divulgação do boletim de casos de infetados em Portugal, não quis divulgar as previsões do crescimento da pandemia nas próximas semanas mas avançou que o pico deverá acontecer no fim de maio

Graça Freitas na conferência de imprensa de 22 de março
MANUEL DE ALMEIDA/LUSA

Questionada sobre qual a expectativa da Direção-Geral da Saúde (DGS) para o aumento do número de casos de pessoas infetadas pelo novo coronavírus nas próximas semanas, Graça Freitas recusou-se a divulgar números, dizendo acreditar que não seria útil. O que Graça Freitas confirmou foi que o pior momento da pandemia em Portugal deverá acontecer na última semana de maio. E repetiu que não deverá ser um pico, mas "um planalto".

A responsável da DGS reconheceu que diariamente os números são atualizados, e renovadas as previsões, com o auxílio de matemáticos, mas que são de uso interno, e não para a divulgação à população.

Disse apenas que o trabalho feito internamente resulta numa "aproximação diária do que será a realidade portuguesa" porque, diz, "algumas pessoas ainda não são detetáveis" nem aparecem refletidas nos números oficiais, embora estejam já infetadas.

Graça Freitas afirmou ainda que as medidas de contenção estarão a ter efeito no "achatamento" da curva de crescimento da pandemia.

Na conferência de imprensa foi também afirmado que medicamentos experimentais, como a hidroxicloroquina, estão sob reserva do Infarmed e que Portugal vai participar em testes clínicos no âmbito da OMS.