Sociedade

Rio diz que apoiará todas as medidas do Governo e incentivará Costa a "ir além"

Para Rui Rio é preciso “ir mais além” do que o encerramento de escolas, uma vez que os alunos podem ir para outros espaços de convívio.

Nuno Botelho

Acabou a reunião entre o líder do PSD e António Costa que durou cerca de uma hora. No final, o presidente dos sociais-democratas disse que "em nome do interesse nacional" irá apoiar o Governo em todas as medidas que este tomar e irá incentivar medidas adicionais para "ir mais além". Rio não quis no entanto dizer se defende ou não uma quarentena parcial ou total do país.

Para Rui Rio é preciso “ir mais além” do que o encerramento de escolas, uma vez que os alunos podem ir para outros espaços de convívio. Em causa está por exemplo o encerramento de escolas, mas “na opinião do PSD não adianta muito encerrar as escolas e depois não cuidar que os estudantes não venham a encontrar-se num outro sítio qualquer. Estar de quarentena é estar resguardado e não ter nenhum contacto social”. Por isso defendeu “medidas colaterais para evitar que se anule as medidas tomadas”.

O PSD apoiará "todas as medidas que entenda, quer do ponto de vista politico e técnico, mesmo que não sejam simpáticas, é nosso dever, em nome do interesse nacional, apoiar essas medidas", disse.

E até "incentivar" outras. "Se algumas não forem tomadas, é nosso dever incentivar que o governo tome essas medidas", reforçou. Questionado pelos jornalistas recusou dizer se defendia ou não a quarentena, mas abriu a possibilidade à “restrição de movimento das pessoas”.

Rui Rio deixou para António Costa a revelação das medidas que irão ser tomadas em Conselho de Ministros, hoje a partir das 20h, mas foi a São Bento defender “medidas excepcionais”. Notou-se no discurso de Rio que o presidente do PSD quer mais medidas de contenção, sem no entanto querer entrar em críticas. Defendeu que nesta altura não é altura de encontrar diferenças, mas sim de apoiar o que for decidido quer do ponto de vista político quer técnico. “Efectivamente estamos a viver numa situação de gravidade, eventualmente mais grave do que se pensava, e que justificam medidas de carácter excepcional que se considerem fundamentais para conter a expansão do vírus”, disse.

No plano político, Rio revelou que não foi sequer abordada a possibilidade de um orçamento rectificativo.