Sociedade

Dois portugueses de Wuhan não quiseram regressar a Portugal

Além de um luso-australiano que já anunciara que não iria ser repatriado por motivos profissionais, outro português decidiu não sair daquela cidade que é o epicentro da infeção por coronavírus

O avião que trouxe os portugueses de Marselha
POOL/ Reuters

Dois portugueses escolheram não embarcar em Wuhan rumo a Portugal, na operação de repatriamento organizada pelo Estado português e em conjunto com os governos europeus. Num dos casos a intenção de permanecer naquela cidade chinesa já tinha sido anunciada, no outro terá sido tomada recentemente. A permanência dos dois cidadãos portugueses foi também confirmada ao Expresso por fonte oficial que acompanhou o processo de repatriamento.

O primeiro caso trata-se de um luso-australiano que decidiu ficar por motivos profissionais. Já o segundo é um português cuja viagem de regresso a Portugal estava prevista mas que por motivos pessoais decidiu ficar. Até agora, o português tem estado fechado em casa, tal como aconselharam as autoridades locais, nos últimos 12 dias.

O Expresso sabe ainda que as autoridades portuguesas estão em contacto com ambos.

Este domingo chegaram a Portugal 20 portugueses repatriados de Wuhan, o epicentro da infeção por coronavírus. Estão todos, por vontade própria, isolados e internados no Hospital Pulido Valente e no Parque da Saúde de Lisboa. Os resultados preliminares, realizados pelo Instituto Ricardo Jorge, deram todos negativo. Por agora, vão permanecer internados por 14 dias, que é o período de incubação do vírus.

De acordo com o mais recente balanço das autoridades internacionais, 368 pessoas morreram na sequência da infeção por coronavírus - apenas uma fora da China, nas Filipinas - e há mais de 17 mil infetados, também quase todos em território chinês embora já haja registo de casos em pelo menos 20 países.