É a manchete do Expresso neste sábado: Há um aumento dos pedidos de certificação para exercício de medicina no estrangeiro.
Marta Temido conhece os números mas defende, em declarações à SIC que "não há uma relação direta" com a emigração dos médicos. A ministra fala de outros cenários mas considera que esse esclarecimento compete à Ordem dos Médicos.
Segundo o Expresso, até ao final de 2019, quase 400 médicos portugueses terão dado entrada com pedidos de emissão de certificados de boas práticas profissionais que lhes permitem exercer a profissão no estrangeiro. É preciso recuar até 2015 para superar este número. Nesse ano 475 clínicos solicitaram a certificação.
Marta Temido admite que há casos em que as licenças têm como objetivo o "exercício temporário no estrangeiro", logo, a emigração, mas diz que o cenário não se esgota aí: "É importante não estabelecer uma relação direta entre o pedido de certificados e a emigração, porque ela não existe". Há outras situações que podem levar um médico a socilitar um certificado para exercer no estrangeiro, sublinha Marta Temido que acrescenta como alternativas a realização de estágios ou cursos.
Para a ministra, "o importante é que a Ordem dos Médicos explique o que é que acontece a estes médicos. Todos queremos saber".
Entre janeiro e agosto deste ano, e sem incluir os dados da região Norte — solicitados pelo Expresso e sem resposta — tinham chegado à Ordem dos Médicos (OM) 253 pedidos, 230 só na delegação Sul. A manter-se a média mensal de 32 solicitações, 2019 terminará com 381 saídas, a que se juntarão outras no Norte, com um número expressivo de profissionais. Contas feitas, não será difícil ultrapassar o valor mais elevado de sempre, as 475 saídas em 2015.