O partido Chega entregou no parlamento um projeto de resolução no qual recomenda ao Governo uma reorganização dos efetivos das forças de segurança, considerando "lamentável o estado" a que chegaram por terem sido "desvalorizadas pela tutela".
Na iniciativa, que deu entrada na Assembleia da República na segunda-feira, o deputado único, André Ventura, recomenda ao executivo liderado pelo socialista António Costa que "promova uma reorganização dos efetivos das forças de segurança, atendendo à especificidade dos locais onde se encontrem destacados".
A recomendação vai no sentido do reforço dos efetivos "sempre que necessário, mesmo que para tal tenha que proceder ao treino e à contratação de mais efetivos para suprir as lacunas existentes".
"É lamentável o estado em que o Estado colocou as nossas forças de segurança, independentemente de estarmos a falar de efetivos ou dos meios à sua disposição colocados, para conseguirem responder às funções que lhes estão confiadas" alega o parlamentar.
André Ventura sustenta que "as forças de segurança portuguesas têm vindo a ser constante e flagrantemente esquecidas e desvalorizadas pela tutela, atitude inadmissível para quem, com a sua própria vida, defende a de todos os seus restantes concidadãos".
O deputado único do Chega apresentou também um voto de pesar pela morte de um agente da GNR no distrito do Porto, no domingo, enquanto prestava apoio a um acidente.
Num outro projeto de resolução, André Ventura recomenda ao Governo que "promova as condições necessárias para contratar mais pessoal não docente para as escolas portuguesas". Na ótica do deputado, esta é uma medida de caráter "imperioso" pois "verifica-se um notório desfasamento entre o rácio de alunos matriculados em cada estabelecimento de ensino e o número de funcionários que o mesmo tem nos seus quadros".
Através de dois outros projetos de resolução, André Ventura recomenda ainda ao executivo a "imediata abolição de portagens" na Via do Infante (Algarve) e na Autoestrada 28 (norte litoral).
Para o parlamentar, o pagamento de portagens na Vida do Infante "constituiu uma medida profundamente lesiva dos interesses do Algarve, dos algarvios e dos milhões de pessoas que se deslocam a esta região", enquanto na ex-SCUT que atravessa os distritos do Porto, Braga e Viana do Castelo é um "forte entrave à competitividade da região, tendo-se ainda constituído como um fator prejudicial para as relações transfronteiriças da mesma".