O Ministério Público (MP) já arquivou o inquérito-crime para averiguar a alegada existência de uma rede ilegal de adoções de crianças por bispos da Igreja Universal do Reino de Deus (IURD), denunciada numa grande reportagem da TVI emitida no final de 2017, mas o caso continua a ter desenvolvimentos na Justiça. O escrutínio das autoridades virou-se agora para as duas mães biológicas que foram as peças-chave da investigação jornalística. O DIAP de Lisboa abriu processos-crime contra Fátima e Ana Mafalda por falsas declarações. Ambas garantiram na televisão, e depois no tribunal, sob juramento, nunca terem assinado qualquer documento a viabilizar a adoção dos filhos — mas uma perícia da PJ provou o contrário.
Na reportagem, intitulada “Segredo dos Deuses”, Fátima sempre afirmou que lhe roubaram os filhos Pedro e Filipe, negando ter assinado os consentimentos para a adoção das crianças, nos anos 90, por dois casais ligados à IURD — Renato e Christiane (filha do líder, Edir Macedo), a residir em Inglaterra, e o bispo Sidney e Jaqueline, então diretora do lar de acolhimento que a igreja geria na zona de Lisboa. Segundo a TVI, os documentos onde constava a assinatura da mãe biológica tinham sido falsificados, o que dava corpo à tese da existência de uma rede criminosa.
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