Tales de Mileto, o primeiro filósofo e um dos sete sábios da Grécia Antiga, passou a vida à procura de um princípio único que sustentasse a natureza de todas as coisas. Claro que o encontrou: era a água. Pelo caminho, foi o primeiro a explicar e prever o eclipse solar, a enunciar teoremas geométricos vigentes até hoje e a esboçar, dois milénios antes de Darwin, as ideias nucleares do evolucionismo. Platão retrata-o no seu diálogo “Teeteto” como aquele que caiu num poço enquanto olhava para o céu, provocando o riso desdenhoso de uma escrava. Porque Tales, distraído com assuntos elevados, não via o que estava à frente dos seus próprios pés.
“Para que serve a Filosofia?” é uma pergunta tão antiga e provocatória como a própria Filosofia, que esta nunca se esquivou de formular. Que tem tantas respostas quanto filósofos houve e há. Porém, o mundo tornou-se ele próprio uma máquina de lançar questões a um ritmo tal que o pensamento filosófico não consegue acompanhá-lo. Não consegue ou não quer. E, não tendo propriamente caído no poço, também não parece estar a sair dele.
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