Basta passar uns minutos no YouTube para ser perceber como há vídeos que nos atraem e outros que, por mais interessante que seja o conteúdo, nos levam a olhar para o outro lado. Uma experiência que se repete quando se partilha vídeos de férias e de eventos sociais com amigos e familiares.
Siga as nossas recomendações para dar um aspeto mais profissional aos seus vídeos feitos com o smartphone.
Fique quieto!
Não há nada mais irritante que vídeos feitos com o smartphone a mexer-se para todo o lado. Alguns vídeos têm tanto movimento que chegam a dar dores de cabeça e provocar náuseas. Mantenha o smartphone o mais estável possível. Até pode usar um apoio, como um muro ou um selfie stick, para garantir maior estabilidade. Não é necessário seguir o motivo que está a gravar a cada movimento. Não se preocupe se, por exemplo, a criança que está a ser filmada se encaminha para o limite o enquadramento. Use planos mais amplos (smartphone mais afastado) para que o motivo não saia do enquadramento, mas até pode ser interessante que isto aconteça – é preferível pausar a gravação, fazer um novo enquadramento e voltar a gravar, do que andar a mexer o smartphone a alta velocidade.
Se tiver de seguir o motivo, opte por movimentos suaves. A regra é: quanto menos mexer o smartphone, melhor! Ah, se o seu smartphone tem estabilizador, ative-o. Para o seu bem e de quem vai ver.
Vídeos ao baixo
Talvez até haja algo mais irritante que um vídeo “aos saltos”: vídeos na vertical. Enquanto em fotografia o enquadramento ao alto (na vertical) pode resultar melhor do que um enquadramento ao baixo (na horizontal), isso não acontece no vídeo. Mantenha o telefone na horizontal! Há algumas exceções, como é o caso dos vídeos para Snapchat. Mas se vai publicar no YouTube, mostrar num televisor ou em qualquer outra plataforma dedicada ao vídeo, grave sempre na horizontal – se não o fizer, lá vai ver aquelas barras pretas nas laterais do vídeo. Pior ainda é rodar o smartphone enquanto grava. Se não consegue apanhar o seu amigo de corpo inteiro, faça um plano em que só mostra o tronco ou afaste-se mais um pouco.
Cuidado com a luz
Antes de começar a gravar, verifique onde está o sol e outras fontes de luz fortes. Para simplificar, o melhor é que estejam atrás de si, o “operador de câmara”, ou seja, de frente para o motivo a gravar. O pior é quando a fonte de luz está por detrás do motivo. Também deve garantir que a exposição está adequada para o motivo – regra geral, basta tocar com o dedo no ecrã na zona mais importante (a cara de alguém, por exemplo) para que o sistema de exposição automática do smartphone entre em funcionamento.
Nem sempre a virtude está no meio
Evite colocar o motivo principal no centro do enquadramento, sobretudo quando se trata de pessoas. Prefira colocá-las num dos lados. O melhor é usar a regra dos três terços: trace duas linhas verticais imaginárias para dividir o ecrã em três partes e tente que o motivo principal fique sobre uma dessas linhas. Alguns smartphones até têm a opção para ativar estas linhas, o que ajuda bastante quando ainda estamos a ganhar experiência.
Ah, e já agora, evite o zoom. Na maioria das vezes é digital, o que significa que a qualidade vai ficar prejudicada. É preferível aproximar-se do motivo antes de iniciar a gravação. Mas mesmo nos smartphones que já têm zoom ótico, esta é uma “arte” difícil de dominar. É melhor gravar planos abertos e apertados separadamente. Por exemplo, se quiser gravar os pormenores de um motivo, pode começar a gravar com um plano aberto, pausar a gravação, aproximar-se (ou fazer zoom). e retomar a gravação. No fundo, evite gravar o movimento de zoom.
O som é mesmo muito importante
Alertas de novas mensagens, toques de chamadas… Sons que ficam gravados no vídeo. O melhor é ativar o modo de avião ou, no mínimo, colocar no smartphone no silêncio para que o seu vídeo não fique poluído com este tipo de sons.
Se o vídeo incluir alguém a falar, aproxime o smartphone do motivo para garantir melhor som. Em ambientes ruidosos, recomendamos que use um microfone externo – o próprio microfone que está nos auscultadores pode ser suficiente para, por exemplo, fazer um Facebook Live num sítio ruidoso.