Apesar de ser conhecida em muitos cantos do planeta, a Mariagatan não tem nada que chame a atenção. Com pouco mais de 200 metros, esta rua em Ystad, na Suécia, é feita de prédios baixos em tijolos de cores variadas que, a juntar à neblina que nesta altura do ano não deixa ver quase nada, dá um retrato típico da Escandinávia. É uma rua larga, com carros estacionados dos dois lados, sem árvores e quase sem serviços, à exceção de uma loja de produtos em segunda mão numa das esquinas. O número 10 da Mariagatan não tem qualquer referência aos feitos, aos livros ou aos filmes de Kurt Wallander, o detetive que aqui viveu e que a tornou famosa.
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Segredos do nordic noir, o crime que vem do frio
Género literário nascido na Escandinávia, alargado ao cinema e à TV, o nordic noir está há mais de uma década a ocupar tops de vendas no mundo inteiro. Para algumas pessoas tornou-se uma obsessão. Mais do que mortes e crimes, reflete o lado B da utopia dos nórdicos — humanos como nós