1939-2024 Atriz de revista e comédia, estreou-se no Teatro Variedades, no Parque Mayer, em Lisboa, em 1964, na revista “Elas São o Espectáculo”. Foi aí que conheceu o futuro marido, José Viana, com quem fez uma parceria de sucesso nos palcos e na televisão e que só terminaria em 2003, com a morte do popular ator. Foi uma estrela dos palcos em revistas como “Eh Pá Pega na Vassoura”, “A Grande Jogada” e “Sua Excelência, o Pendura”. Gravou discos com quadras cantadas em palco que foram um grande sucesso de vendas e de programas radiofónicos. “Dora Cigana” era talvez o seu número mais conhecido e conseguido. Na televisão, participou em programas como “Grande Noite”, de Filipe La Féria, sobre o teatro de revista, e “Ora Viva”, programa de variedades e entrevistas de que era coautora com o marido. Entrou ainda na comédia televisiva “O Milagre em Casa dos Lopes”. Numa nota de despedida publicada pela Casa do Artista, instituição onde passou os últimos anos de vida, é revelado que começou a carreira como corista e que “dos momentos mais marcantes da sua carreira” a atriz “destacava ‘O Auto da Barca do Inferno’, de Gil Vicente”, como o “espetáculo que mais a apaixonou e que foi a grande mostra de que podia fazer mais coisas” para além do registo que a celebrizou. Dia 23, de causas não reveladas.