1966-2024 Nome de guerra de António Pacheco, futebolista que se destacou no Portimonense até ser transferido para o Benfica, onde se tornou um ídolo e conquistou dois campeonatos, uma Taça e uma Supertaça. Jogou duas finais da Taça dos Campeões e no jogo perdido contra o PSV ficou para a história a sua imagem a correr e as botas a saltar dos pés por causa da goma das meias novas. Extremo esquerdo de remate fácil, marcou mais de 40 golos e em 1993 foi um dos protagonistas do Verão Quente. Aproveitando o facto de ter salários em atraso, transferiu-se para o rival Sporting com o colega Paulo Sousa. Numa entrevista à “Tribuna”, explicou que o dinheiro foi o pretexto, mas não a verdadeira razão. Sentiu-se melindrado quando o Benfica contratou Futre e decidiu sair. A vida no Sporting correu-lhe mal, incompatibilizou-se com o treinador Carlos Queiroz e saiu, sem glória, dos leões, onde conquistou uma Taça de Portugal. Jogou no Belenenses e no Reggiana e passou os últimos anos da carreira no Atlético. Ainda treinou o Portimonense, mas abandonou o futebol e explorava um bar no Algarve, a terra onde nasceu, filho de um pescador e de uma empregada de limpeza. Em 2018 protagonizou um anúncio de angariação de sócios para o Benfica com o título “Que nenhuma família se volte a separar por dinheiro”. Dia 20, do coração.