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“Assim não é possível ...” - todos contra o Chega no debate da polícia

Debate marcado por presença de agentes da polícia nas galerias e interrupções constantes no hemiciclo. PSD e CDS defendem “esforço” do Governo. Projetos de lei do Chega foram rejeitados, só passaram recomendações

Ventura levou um pote com alguns cêntimos e um crachá de polícia para o debate
Tiago Miranda

Talvez o melhor retrato do debate desta quinta-feira no Parlamento sobre as forças de segurança — marcado pelo Chega, mas com propostas de vários partidos para a valorização salarial das forças policiais, mas também para garantir apoio psicológico — seja a quantidade de vezes que se ouviu que ele devia ser feito “sem gritaria” — o que é um sinal de que os gritos, as interrupções e as subidas de tom dos deputados foram permanentes. Quem presidia à mesa da Assembleia, do presidente Aguiar-Branco ao vice Marcos Perestrello que a da altura o substituiu, interrompia para pedir silêncio aos deputados, sobretudo aos do Chega. “Temos bastante público a assistir e nas galerias de cima a acústica não é a melhor”, avisou Perestrello. “Assim não é possível…”, tinha dito Aguiar-Branco.