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Editorial

Trump absoluto

O Presidente que regressa é bem diferente do que já vimos. Só restam dois obstáculos, chegarão para o travar?

É a segunda vez, mas não será como a anterior. Há oito anos, Donald Trump ainda não liderava um movimento popular, não tinha um guião para a Presidência e, sobretudo, tinha por cima um aparelho republicano que o obrigava a descer à terra. Na posse de segunda-feira, Trump já não terá de contar presenças, terá muitos ao seu lado. E tem por garantido absoluto comando sobre o partido, além das maiorias no Congresso e no Supremo. Talvez mais decisivo do que tudo isso, a dias da posse em Washington D.C. não há sinais de uma comoção nos media (ou sequer de aumento de tráfego por medo do que virá) e até os grandes empresários parecem render-se, entregando milhões sem fim à cerimónia de posse.