Donald Trump nunca reconheceu a vitória de Joe Biden em 2020 e fez disso o mote da sua campanha. Com teorias da conspiração, convenceu o partido e os seus eleitores de que a eleição lhe foi roubada, nomeou os mais fiéis para os comités eleitorais que vão fiscalizar agora os votos, mobilizou milhares para vigiar a votação e denunciar o mais pequeno problema como fraude. A estratégia serve-lhe para mobilizar o seu eleitorado, mas é uma repetição para pior do que vimos há quatro anos: os republicanos mudaram as regras onde podiam para tentar garantir que — caso tudo falhe — terão quem reverta os resultados desfavoráveis e o tente declarar Presidente, juntaram milhares de advogados para recorrer de cada derrota em cada distrito eleitoral (sabendo que há um Supremo alinhado, como último recurso). Como escrevia um jornal americano, é incerto se a estratégia terá o resultado pretendido, mas é certo que Trump tem mais armas do que nunca para o tentar.
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A sombra sobre os EUA
Trump convenceu metade dos eleitores de que as eleições estão viciadas. É a maior derrota dos fundadores dos EUA desde a guerra civil