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Editorial

Desafios da UE

Maria Luís Albuquerque será comissária europeia em nome de Portugal

O anúncio do nome proposto pelo Governo para comissária europeia em nome de Portugal nos próximos cinco anos leva-nos a discutir o perfil da escolhida, Maria Luís Albuquerque, o seu currículo e mérito, as suas fraquezas ou ainda o processo que levou Luís Montenegro a anunciar o nome esta quarta-feira sem antes ter, por exemplo, prévia e devidamente informado o maior partido da oposição. Discutimos também qual a melhor pasta para a antiga ministra das Finanças e qual gostaríamos que fosse, de acordo com os interesses nacionais. Todas essas discussões são admissíveis, mas escondem algo muito mais importante: nos próximos cinco anos, a União Europeia, liderada pela alemã Von der Leyen, que teve um primeiro mandato essencialmente de resposta a crises, enfrenta desafios tão grandes ou mesmo maiores. Desde logo, a guerra a leste. Depois, o alargamento a mais países e a distribuição do bolo financeiro. E tudo isto quando a própria Europa — basta olhar para a composição do Parlamento Europeu — está mais dividida e fragmentada do que nunca.