Na semana em que muito se falou da Convenção Republicana, iniciada escassos dois dias depois da tentativa de assassínio de Donald Trump, e que serviu para formalizar o nome do candidato presidencial do partido, bem como para o anúncio de J. D. Vance como a sua escolha para vice-presidente, convém olhar desde já para outra convenção que vai começar precisamente dentro de um mês, a 19 de agosto, em Chicago. Aí será a vez de os Democratas formalizarem a escolha do seu candidato presidencial. Até há bem pouco, era impensável pensar noutro nome que não o de Joe Biden, vencedor das eleições primárias e o atual inquilino da Casa Branca. Mas a torrente de acontecimentos, com as sondagens a seu desfavor, a terrível performance televisiva no primeiro debate com Trump, as dúvidas sobre a capacidade atual de Biden, e, finalmente, o impulso de simpatia que necessariamente Trump recebeu depois de ter sido vítima de um atentado (e a forma como dele saiu com a imagem de um líder forte) tornam as próximas semanas, até ao encontro Democrata, absolutamente decisivas. Será que Biden consegue mesmo resistir? E será que consegue inverter a ideia de que as eleições presidenciais de novembro vão mesmo significar o regresso de Trump à Casa Branca?
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A outra convenção
As eleições presidenciais norte-americanas são em novembro, mas o mundo já está de olhos postos no outro lado do Atlântico