Gostava das datas que, na pressa fugidia dos dias, são sinais que os impedem de perder-se de si mesmos. Ele fazia delas o lugar onde acendia a lembrança dos outros. Sabia que celebrar, num momento feito de exatidão e alma, uma figura cuja memória merece perdurar na presença do futuro é fazer do tempo um espelho onde essa figura se vê e nos interroga quando a olhamos.
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“De Soares recebemos a cólera do sagrado direito à indignação perante o que é indigno. E uma gargalhada para nos rirmos da mediocridade”
José Manuel dos Santos foi assessor de Mário Soares na Presidência da República e coordena o programa de comemorações do centenário do nascimento de Mário Soares, a 7 de dezembro. Neste ensaio, explica-nos o legado que nos deixou o mais marcante nome da construção da Democracia portuguesa