“Só uma crise, real ou percebida, produz uma mudança verdadeira.” A expressão é do economista americano e Prémio Nobel das Ciências Económicas Milton Friedman, que a inscreveu no prefácio do seu livro “Capitalismo e Liberdade”, em 1982, mas mantém-se atual e pode aplicar-se ao efeito transformador que a última grande crise social vivida à escala global, a pandemia de covid-19, teve no mercado de trabalho e na nossa relação com a carreira e a profissão. Profissionais e empresas herdaram da pandemia práticas que persistem: o teletrabalho veio para ficar, a conciliação entre a vida pessoal e profissional ganhou destaque, a transformação digital acelerou, a guerra pelo talento conquistou uma escala global, a saúde mental ganhou relevância. Mas há desafios de fundo, como a capacidade dos líderes de gerirem equipas dispersas. E o impacto destas transformações na estrutura das empresas ainda não é evidente.
Exclusivo
Trabalho híbrido e gestão à distância: o legado da covid
Tendência. Cinco anos depois da pandemia, o mundo do trabalho não voltou ao que era e há novos desafios de gestão