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O CEO é o limite

Quem manda na empresa? Os CEO... e são dois. Conheça os benefícios e os riscos das lideranças bicéfalas

Ter dois líderes à frente de uma organização pode trazer vantagens na redução do risco ou capacidade de decisão. Mas o modelo de coliderança ainda é pouco usado em Portugal

O modelo de coliderança é pouco usado, mas várias empresas já o testaram em Portugal
Getty Images

Duas cabeças pensam melhor do que uma? E ter dois líderes a decidir os destinos de uma empresa melhora a qualidade das decisões e torna-a mais robusta e resiliente às flutuações do mercado? Depende dos líderes, da relação que têm entre si e da correta delimitação de competências de cada um. O modelo de gestão em coliderança, adotado recentemente pela Galp para assegurar a gestão da empresa após a saída de Filipe Silva e até à nomea­ção de um novo presidente executivo (CEO), não é novo no panorama nacional ou internacional. Há bons e maus exemplos num modelo que, garantem os especialistas ouvidos pelo Expresso, continua a ser uma exceção nas empresas, muito por conta do grau de exigência que comporta a sua aplicação. Os benefícios de uma gestão partilhada são vários, mas os riscos também. Porque se genericamente tendemos a confirmar que a diversidade de opiniões se traduz numa melhor decisão, ou pelo menos mais discutida e ponderada, não é menos verdade que o risco de conflito é maior e que o processo de decisão se pode tornar mais moroso e a empresa menos ágil.