Nicolás Maduro apareceu na televisão, de Bíblia na mão, para insultar os jovens que protestaram esta semana, em 200 localidades venezuelanas, contra uma das maiores fraudes da história da América Latina. “Terroristas de extrema-direita”, “drogados” e “delinquentes”, chama-lhes o Presidente da Venezuela, embora tenham descido dos bairros populares da capital e de outras zonas humildes para reclamar o que creem ser uma vitória nas urnas. São a gente que a revolução bolivariana assegura defender.
O “Presidente povo”, um dos títulos que a propaganda atribui a Maduro, deixou claro que o contra-ataque chavista está em marcha. Ordenou até que se abrisse uma janela na aplicação governamental VEN App para os fiéis poderem delatar quem se manifesta, para mandá-los deter. Também decretou patrulhas militares e policiais em todas as cidades da Venezuela e “povo mobilizado na rua”.