Figure-01 precisou ‘apenas’ de 10 horas para aprender a pôr cápsulas e tirar um café numa máquina enquanto observava os humanos. Em breve, é possível que aprenda a fazer o mesmo de forma mais rápida, seguindo instruções faladas por um humano. Pelo menos é essa a expectativa que começa a ganhar forma com a parceria entre a fabricante de humanoides Figure AI e a produtora de inteligência artificial (IA) OpenAI. As duas empresas anuncia­ram que os robôs bípedes da Figure AI vão usar os modelos de linguagem para passarem a extrair informação lógica do discurso dos humanos. As duas empresas não escondem que a parceria tem como prioridade desenvolver robôs que possam ser úteis através da interpretação das necessidades e das contingências do dia a dia. Em paralelo com o eventual uso doméstico, os humanoides poderão usar a inteligência emprestada pela OpenAI para tarefas de âmbito profissio­nal em fábricas, retalho ou transporte e armazenamento de cargas, admite a Figure AI. Esta parceria surge em plena escalada tecnológica das maiores marcas do sector. Há duas semanas, a OpenAI surpreendeu ao demonstrar a plataforma Sora, que permite produzir vídeos de um minuto a partir das descrições textuais — mesmo quando são impossíveis. A DeepMind, da Google, também mostrou que não parou e deu agora a conhecer o Genie, que produz videojogos a partir de imagens e textos fornecidos pelos humanos. E seguramente que as coisas não vão ficar por aqui.