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Teatro & Dança

Teatro: Há novos olhares no festival Temps d’Images 2024

Com um formato diferente, o Festival Temps d’Images continua a apostar na criação contemporânea, cruzamento de disciplinas artísticas e centralidade da imagem. Em Lisboa, de 1 a 16 de junho

Em “Eartha Quit”, Cire Ndiaye toma como ponto de partida a vida e a carreira de Eartha Kitt (1927-2008), cantora, atriz e entertainer
Filipe Ferreira

Há mais de 20 anos, quando foi criado em Lisboa, o Festival Temps d’Images pretendia reunir, fomentar e dar a conhecer aquilo que de mais interessante e inovador se produzia num campo artístico relativamente vasto e complexo, em que a imagem era o centro e, simultaneamente, o polo dinamizador de práticas artísticas em que as artes se cruzavam, no vasto campo da arte contemporânea. E assim tem sido, até hoje, com as inevitáveis flutuações e com as mudanças que o tempo e as condições imprimem a tudo o que é do domínio da criação artística e da vida das pessoas. Com o tempo, também, há olhares que mudam, ideias que se transformam, atitudes que são revistas. O Temps d’Images de hoje não é o mesmo Temps d’Images de há 20 anos, porque as pessoas são diferentes, as circunstâncias são outras e as imagens, elas mesmas, não são as imagens de antes; são essas imagens, nalguns casos, e muitas outras; e, aspeto não menos importante, são outros os olhares sobre as imagens, assim como os discursos e os trabalhos sobre elas. Como as imagens e as obras de arte, o Temps d’Images tem uma história.