Ainda me lembro de quase ter sido esmagado por uma massa de gente em movimento na entrada para a Sala Grande no Festival de Veneza de 1993. Foi uma das raríssimas ocasiões em que o cinema me pôs em risco físico. Era uma multidão a avançar — e nem era uma multidão de público indiferenciado, apenas de profissionais de imprensa — impelida pela urgência de ver “Parque Jurássico”. O que ocasionava esse ímpeto e o milionário sucesso de bilheteira que dele resultou? Sobretudo o facto de irmos ver dinossáurios em ação e de parecer mesmo verdade.
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“Mundo Jurássico: Renascimento”: estes monstros são de laboratório
A sexta sequela de “Mundo Jurássico” está longe de ser narrativamente coxa, mas a exploração sucessiva da saga passou a centrar-se numa única matriz: humanos a fugir de ameaçadoras criaturas muito grandes. E como os dinossáurios se tornaram muito vistos, os argumentistas desataram a clonar monstros ainda maiores e mais medonhos